Andre Vivan, da GSK: Não há progressos sem contribuirmos com a saúde da humanidade e do planeta

Crescimento da demanda traz alerta sobre a importância da gestão de resíduos na área da saúde.

Com o aumento da produção industrial e agrícola, segundo levantamento do programa ONU Habitat, das Nações Unidas, o mundo pode gerar até quatro bilhões de toneladas de lixo até o final de 2050, e os derivados de plásticos são os que mais preocupam. De acordo com Rogério Fujimoto, COO da empresa green4T, o Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás somente da China, EUA e Índia. “O impacto negativo do plástico sobre a economia mundial, especialmente em setores como o turismo, pesca e comércio marítimo, supera os US$ 8 bilhões, conforme dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma)”, aponta.

Ainda conforme estudos, muitos dos resíduos plásticos são provenientes de operações hospitalares e laboratoriais sem o devido acondicionamento e descarte. Entretanto, empresas do setor têm implantado programas com serviços especializados, conforme mostra a AFC Soluções Ambientais, companhia adquirida em 2021 pela Ambipar, a quantidade de resíduos hospitalares recebidos em todo o ano de 2020 foi 194% maior do que no mesmo período do ano anterior.

Segundo Hugo Costa, diretor comercial da Ambipar no Nordeste, o aumento expressivo se deu por conta do excesso de pacientes nos hospitais, o alto número de exames, os protocolos de segurança adotados, que foram reforçados e a alta demanda do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) pelos profissionais de saúde, que estão no apoio ao tratamento de pacientes com Covid-19 e outras comorbidades.

Cuidado especial

O gerenciamento de resíduos hospitalares é considerado complexo, pois contém materiais que podem estar contaminados. Por isso, tanto a coleta como a gestão e destinação precisam ser feitas por empresas especializadas. Para o descarte seguro de máscaras, luvas, gazes, agulhas, entre outros itens, é preciso acondicioná-los em sacos ou paredes rígidas (perfuro cortantes), com simbologias específicas, a orientação também exige acomodação em recipientes fechados (bombonas), para o transporte seguro, especializado e licenciado. Em seguida, os materiais são submetidos a tratamento térmico (incineração ou autoclave).

“Este serviço requer cuidado, devido aos riscos durante sua segregação em atendimento às normas e exigências legais, desde o momento de sua geração até a destinação final, minimizando as contaminações biológicas, químicas, incidência de acidentes ocupacionais, dentre outros benefícios à saúde pública e ao meio ambiente”, analisa Costa.

Visão sustentável

Time de Liderança | GSK BR
Andre Vivan, presidente da GSK Brasil. (Foto: Divulgação)

O segmento médico-hospitalar entende a importância de investir em ações ESG de forma ampla. Na esfera ambiental, por exemplo, o principal objetivo da GSK – empresa global de saúde com foco em ciência – é trabalhar com impacto zero no clima e impacto positivo na natureza, atuando em consonância com os principais Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da ONU (na sigla ODS). Nesse contexto, a companhia inaugurou uma usina fotovoltaica na fábrica em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, cuja estimativa é reduzir 5% do consumo de energia elétrica e 54 toneladas de emissão de CO2 por ano, em uma primeira fase do projeto.

Até 2030, a GSK está comprometida em zerar as emissões de gases de efeito estufa e emissões líquidas, eliminar o uso de plástico de uso único, 100% das embalagens de produto produzidas com materiais recicláveis ou reutilizáveis e 100% de matéria-prima de fontes sustentáveis e com zero desmatamento.

“Entendemos a relevância do nosso papel para com os brasileiros e estamos verdadeiramente comprometidos com as demandas ambientais, sociais e de governança. Não há progressos sem contribuirmos com a saúde da humanidade e do planeta”, destaca o presidente da GSK Brasil, Andre Vivan. “A sustentabilidade é parte importante de nossa estratégia para continuar entregando com excelência o que a sociedade precisa”, complementa.

 

Governança

João Alceu Amoroso Lima assume vice-presidência de ASG no grupo NotreDame  Intermédica - Sonho Seguro
João Alceu, vice-presidente de ESG da Notre-Dame Intermédica. (Foto: Divulgação)


A NotreDame Intermédica passou a monitorar e reportar seus indicadores ESG de acordo com o Sustainability Accounting Standards Board (SASB), seguindo também o Standards Health Care Delivery e Managed Care, voltado às indústrias de prestação de serviços médicos e assistenciais, além dos padrões e critérios da TCFD, sigla do termo inglês Task Force on Climate-Related Financial Disclosures.

“Isso significa o alinhamento às melhores práticas mundiais do ESG: um trabalho aprofundado na gestão de energia, resíduos, transparência, saúde e segurança do beneficiário e colaboradores, entre outros temas”, explica João Alceu, vice-presidente de ESG da Notre-Dame Intermédica.

Assunto recorrente na empresa, a preocupação com o futuro do planeta resultou, em 2021, na publicação da Política de Combate às Mudanças Climáticas da instituição de saúde, documento que fortalece a governança e aprimora as diretrizes para gestão de riscos e impactos das mudanças climáticas. “Com os programas institucionais e aplicação de novas tecnologias, aumentamos gradualmente a eficiência operacional e reduzindo nossas emissões de gases danosos, ao mesmo tempo, demonstramos engajamento neste esforço global de transição para uma economia de baixo carbono”, reforça João Alceu.

A instituição também informa que iniciou o relato da governança, estraté gia, gestão de risco, oportunidades e desempenho em carbono na plataforma mundial CDP Climate Change. “Fomos avaliados como B, em uma escala de F a A, que é a maior nota de uma empresa brasileira em saúde”, destaca Alceu. “Para reforçar a transparência, disponibilizamos publicamente as respostas, que podem ser acessadas no site do CDP”, completa.

A NotreDame Intermédica ainda investiu R$ 11,2 milhões na gestão de resíduos, área que demanda atenção especial na área da saúde e exige padrões de excelência na gestão. Entre os destaques dos projetos implementados, estão: o Programa de Reciclagem de Cartões, que inclui crachás, carteirinha da operadora, cartões de banco em geral, serviço que totalizou 621 kg de resíduos recicláveis destinados para reaproveitamento, e o Projeto de Compostagem, implementado em todos os hospitais do Estado de São Paulo, cuja segregação de 100% dos resíduos orgânicos gerados nas cozinhas e refeitórios das Unidades. No total, 671 toneladas de resíduos foram destinadas para compostagem.