Cláudia Yamana, da Genu-in: JBS entra no mercado de saúde e nutracêuticos com empresa especializada em peptídeos de colágeno e gelatina

Indústria farmacêutica foca em produtos para promoção do bem-estar, além promover ações pró-sustentáveis.

 

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A indústria farmacêutica somou R$ 88,3 bilhões em vendas em 2021, crescimento de 14,7% (Foto: Divulgação/EMS)

Dados da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) revelaram que a indústria nacional deste segmento está entre as que mais investem em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), chegando a 10º posição global com cerca de US$ 38,2 bilhões. O país que mais investiu foi a China, com aproximadamente US$ 621,5 bilhões. Neste sentido, os grandes grupos que atuam no Brasil não param de investir, mas com uma particularidade: a aposta em produtos baseados em insumos naturais. Em agosto, por exemplo, a Aché Laboratórios Farmacêuticos deu início a mais um processo de prospecção e desenvolvimento de novas drogas a partir da biodiversidade brasileira.

Com o intuito de aprofundar seu conhecimento dos sete biomas brasileiros e identificar novas oportunidades de negócio sustentável, a empresa renovou, pelo segundo ano consecutivo, a parceria com a consultoria de inovação Emerge Brasil. A iniciativa pretende mapear soluções de base científica desenvolvidas a partir de insumos da biodiversidade brasileira e em seguida, criar e investir em até cinco startups de diferentes setores da economia, como saúde, bem-estar, saúde animal e novos materiais, em parceria com empresas.

Reconhecido

Sediada na cidade de Colombo, região metropolitana de Curitiba, a Herbarium, referência em fitoterápicos no Brasil, completa 37 anos de história este ano. A companhia é reconhecida também pelo respeito ao meio ambiente e por seus processos inovadores que cooperam para a saúde e o bem-estar.


Em junho, o Kaloba, desenvolvido pela Herbarium e indicado para o aumento da imunidade e para tratamento dos sintomas das infecções respiratórias, ganhou destaque como fitoterápico mais vendido no país, segundo a IQVIA Brasil - empresa especializada em tecnologia da informação em saúde e pesquisa clínica. No período, outros medicamentos da farmacêutica ainda ganharam destaque entre os lançamentos de fitoterápicos e produtos naturais, entre eles: Colicaliv, Imunocran e Hedera.

“Estamos orgulhosos pela liderança que conquistamos. Registramos crescimento de 35% nas vendas dos medicamentos no primeiro semestre, em comparação com o ano anterior. Um grande resultado para a Herbarium, mas, também, para todo o segmento de fitoterapia. Essa conquista tem mais valor por estar pautada em uma estratégia sólida de longo prazo, levada adiante por um time que acredita no nosso propósito de levar para as pessoas e inspirá-las a ter uma vida mais saudável. Na Herbarium, o resultado financeiro serve ao propósito e ao legado que queremos deixar para o mundo”, explica Marcelo, presidente da empresa.

Gigante do jogo

Cláudia Yamana, diretora da Genu-in, uma empresa JBS. (Foto: Divulgação) 

A JBS, líder global em alimentos à base de proteína, deu início à produção de peptídeos de colágeno e gelatina – sua entrada nos segmentos de saúde e nutracêuticos. A operação assinala o lançamento da Genu-in, nova marca da JBS Novos Negócios, com uma instalação em Presidente Epitácio, interior de São Paulo.

A construção da nova fábrica 4.0, a mais moderna do setor do Brasil e a única 100% automatizada, exigiu investimentos na ordem de R$ 400 milhões. A Genu-in utiliza como insumo a pele de bovinos proveniente da cadeia de produção da JBS. Esse é um dos diferenciais da nova empresa global, por adquirir 100% da matéria-prima a partir de uma única fonte, condição que garante o controle da cadeia de fornecimento e os processos produtivos, a uniformidade e a qualidade do produto final. A instalação terá capacidade para produzir 6 mil toneladas por ano de peptídeos de colágeno e 6 mil toneladas por ano de gelatina, e atender clientes em diferentes países. Além da tecnologia, a produtora adota também as melhores práticas de sustentabilidade do setor.

“Os peptídeos de colágeno são a proteína da vida, pois eles ativam de forma natural a produção de colágeno do nosso corpo que perdemos com a idade. Eles estão presentes nos produtos que garantem a saúde, a qualidade de vida e os cuidados importantes da rotina das pessoas. Na Genu-in, a sua produção está integrada à cadeia de valor da JBS, o que garante segurança, sustentabilidade e confiabilidade do começo ao fim do processo”, afirma Cláudia Yamana, diretora da Genu-in.

Já a Natulab, um dos maiores laboratórios do país dedicados a medicamentos isentos de prescrição (MIPs), fitoterápicos e suplementos vitamínicos, registrou faturamento de R$ 262 milhões no primeiro semestre de 2022, crescimento de 53% em comparação ao mesmo período de 2021. Para este ano, a expectativa é ultrapassar R$ 500 milhões em faturamento, uma ampliação de 38% em relação a 2021, após ajustes financeiros e exclusão de produtos descontinuados no ano passado.


Uma parte fundamental do plano de crescimento foi a inauguração de um novo centro de distribuição em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano. A estrutura otimizou a capacidade logística da Natulab e permitiu realocar equipes administrativas antes baseadas nas duas unidades fabris do mesmo município, abrindo assim espaço para a ampliação de linhas de produção.


Guilherme Maradei, CEO da Natulab (Foto: Divulgação)

Os resultados chegam em um momento de novos investimentos: a Natulab recebeu em junho um aporte de R$ 21 milhões, totalizando R$ 230 milhões aplicados nos últimos 20 meses. “A nova rodada dá continuidade ao plano implementado em 2021 de crescimento sustentável, que incluiu um aumento da capacidade produtiva para acompanhar a crescente demanda do mercado, otimização operacional, ampliação do portfólio de produtos, fortalecimento de parcerias com fornecedores e clientes e otimização do capital de giro, principalmente estoques de insumos para a fabricação dos produtos com maior potencial de crescimento e rentabilidade”, afirma Guilherme Maradei, CEO da Natulab.

Com mais um passo em prol da sustentabilidade e de sua relação com o meio ambiente, Herbarium passou a compensar 100% das embalagens pós-consumo da marca. Com a iniciativa certificada pelo Selo EuReciclo, as embalagens dos produtos são enviadas para cooperativas e operadores de reciclagem para que retornem ao ciclo produtivo na economia, o que eleva as taxas de reciclagem e fomenta o desenvolvimento da cadeia de reciclagem na região, além de criar impacto positivo para o meio ambiente.


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Natana Martins, coordenadora de Marketing Institucional da Herbarium. (Foto: Divulgação)

Segundo a coordenadora de Marketing Institucional da Herbarium, Natana Martins, a companhia trabalha fortemente em diversas frentes, a fim de implantar novas ações e melhorias em iniciativas sustentáveis.

“A consciência ambiental é um sentimento que está presente em todas as atividades da Herbarium, desde o escritório até a produção. Atualmente, a legislação vigente exige que 22% das embalagens das indústrias sejam compensadas para minimizar o impacto ambiental, mas acreditamos que podemos ir além. Por isso, a partir de agora, 100% das nossas embalagens pós-consumo serão compensadas. Essa é mais uma iniciativa que adotamos para gerar menos resíduos na natureza e, ainda, promover e incentivar a saúde e o bem-estar a todos que estão ligados diretamente ou indiretamente ao nosso negócio”, finaliza Natana.

Inovação

A Container Box, empresa de arquitetura sustentável, que reaproveita estruturas de contêineres marítimos utilizando técnicas mistas para desenvolver projetos e construções de baixo impacto, construiu o primeiro laboratório Carbono Zero da América Latina. O projeto do Laboratório de Diagnóstico PCR, com nível de biossegurança 2 - NB2, encomendado e instalado em São Paulo, no Instituto Butantan, reduziu 90% suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) somente pela escolha de uma técnica construtiva de baixo impacto.

 

Desempenho

Com 125 anos de atuação no mundo e 90 no Brasil, até 2029, a Roche - empresa global, pioneira em produtos farmacêuticos e de diagnóstico - tem como meta global reduzir pela metade o seu impacto ambiental total. Por lidar com resíduos contaminantes, a Roche conta com uma estratégia de logística reversa nas instituições de saúde para o recolhimento dos produtos vencidos para que sejam destinados à incineração, como é exigido pelos órgãos reguladores. Já os resíduos que resultam da distribuição dos remédios são encaminhados à unidade de Anápolis para que sejam descartados da maneira correta.

Patrick Eckert, presidente da Roche Farma. (Foto: Divulgação)

A Roche foi reconhecida, pelo 13° ano consecutivo em 2021, como uma das farmacêuticas mais sustentáveis do mundo pelo Índice Dow Jones de Sustentabilidade, comprovando o seu comprometimento com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU). Destaque para o ODS3, que visa garantir a saúde e o bem-estar de todos - tema que compõe a Agenda 2030, ao lado da erradicação da pobreza, acesso ao saneamento, à educação, à água e integridade nos negócios.

“A Roche entende que o conceito de saúde vai além da ausência de doença, estando relacionada ao bem-estar físico, mental e social das pessoas e ao meio onde vivemos”, afirma Patrick Eckert, presidente da companhia. Por isso, a empresa incentiva toda sua cadeia produtiva a incorporar as melhores práticas corporativas, com destaque para a gestão de emissões, resíduos, utilização da água e da energia.


C-Level em Destaque

Giovana Pacini, CEO da Merz Aesthetics Brasil desde de 2020, começou como Diretora de Marketing em 2016, depois assumiu a direção de Marketing da América Latina. A executiva atua na indústria farmacêutica desde 2009 e tem passagens por gigantes do mercado como a Eurofarma, Neoquimica e Galderma. À frente da operação da Merz Aesthetics no Brasil, Giovana teve papel de destaque na companhia durante a pandemia e recebeu certificação e recertificação do Great Place to Work Brasil durante sua gestão.

 

Iniciativa ESG
A preocupação com a preservação ambiental é um dos pilares que integram o escopo de responsabilidade social da EMS. A farmacêutica detém uma política rígida de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA) e possui parceria com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) desde 2014. Por meio deste apoio, que tem viabilizado a realização do Programa Bolsa Floresta Social e do Projeto Dicara, a EMS contribui para a construção de infraestrutura social, com desenvolvimento da educação, saúde, comunicação e transporte, e com a missão de melhorar a qualidade de vida de comunidades ribeirinhas no Estado do Amazonas. A proposta é promover cidadania e dignidade entre as populações moradoras de locais isolados e com alto potencial de conservação da floresta. Entre 2014 e 2016, mais de 2,6 mil famílias ribeirinhas foram beneficiadas pelo Programa Floresta Social e, no período de 2016 e 2023, serão aproximadamente 3 mil crianças e adolescentes contemplados pelo Dicara.