Laura Porto, da Neoenergia: 'Com a precisão das informações, os profissionais ganharam agilidade para tomar as decisões necessárias'
Avanços tecnológicos criam cenário favorável para a aplicação dos conceitos ESG na economia.
Laura Porto, diretora-executiva de Renováveis da Neoenergia. (Foto: Divulgação)
Para gerar impacto positivo na sociedade, a ciência e a tecnologia têm sido aliadas para alavancar transformações no cotidiano das empresas, implantar novos métodos de produção, capacitar mão de obra e potencializar o uso de energias renováveis. O desenvolvimento dessas soluções para melhoria contínua de processos faz parte da estratégia de negócio da Neoenergia em todas as suas áreas de atuação.
Em gestão de recursos renováveis, a companhia vem apresentando resultados do uso de uma nova tecnologia desenvolvida pelo tripé de inovação empresa, startup e universidade: é o Software de Incidências Automáticas (SOFIA), que acompanha torres de medições necessárias para viabilidade e operação de parques eólicos e solares da companhia. A ferramenta passou a ser utilizada em 2021, após cinco meses de desenvolvimento e, em um ano de uso, a Neoenergia reduziu em 90% os custos utilizados para esse tipo de controle.
Para gerar impacto positivo na sociedade, a ciência e a tecnologia têm sido aliadas para alavancar transformações no cotidiano das empresas, implantar novos métodos de produção, capacitar mão de obra e potencializar o uso de energias renováveis.O desenvolvimento dessas soluções para melhoria contínua de processos faz parte da estratégia de negócio da Neoenergia em todas as suas áreas de atuação.
Neoenergia Luzia, complexo solar na Paraíba, é monitorado por ferramenta inovadora e disruptiva. (Foto: Divulgação)
Em gestão de recursos renováveis, a companhia vem apresentando resultados do uso de uma nova tecnologia desenvolvida pelo tripé de inovação empresa, startup e universidade: é o Software de Incidências Automáticas (SOFIA), que acompanha torres de medições necessárias para viabilidade e operação de parques eólicos e solares da companhia. A ferramenta passou a ser utilizada em 2021, após cinco meses de desenvolvimento e, em um ano de uso, a Neoenergia reduziu em 90% os custos utilizados para esse tipo de controle.
Por meio de sensores de medição utilizados no SOFIA, as equipes identificam ações como intensidade e direção dos ventos, radiação global e difusa, temperatura, umidade e pressão. Pelo software, é possível ainda ver o mapa com a geolocalização das torres, saber a data de instalação, realizar comparações de funcionamento de equipamentos e acompanhar os projetos e solicitações.
A plataforma foi criada pela área de renováveis Renováveis da Neoenergia, em parceria com a Loomi, empresa especializada em soluções digitais, e levou cerca de dois anos para ser finalizada. “Alguns fatores foram motivadores para a criação da ferramenta, como o aumento da confiabilidade na análise de dados nas incidências, a redução de custos e do tempo da equipe interna. Com a precisão das informações, os profissionais ganharam agilidade para tomar as decisões necessárias”, declara Laura Porto, diretora-executiva de Renováveis da Neoenergia.
Monitoramento
Em outro exemplo recente, a SAP e a Fundação Amazônia Sustentável anunciam uma nova fase de colaboração para aprimorar gestão e transparência dos programas realizados pela FAS na região amazônica. O momento de transformação digital da ONG a integra na adoção da tecnologia como apoio ao desenvolvimento sustentável, tornando-se a primeira do terceiro setor no mundo a adotar soluções da companhia para uso inteligente de dados com foco no aperfeiçoamento constante de suas iniciativas de sustentabilidade.
A nova etapa da parceria amplia o uso de tecnologia para conservação ambiental, autonomia das comunidades ribeirinhas e indígenas, além do fomento ao empreendedorismo responsável em suas cadeias de bioeconomia. Para isso, a SAP está doando um pacote de inteligência de dados que roda na SAP Business Technology Platform, com SAP Data Warehouse Cloud, SAP Analytics Cloud e SAP Sustainability Control Tower.
Tokenização e ESG
Com o crescimento da aplicação das políticas ESG pelas principais empresas médias e grandes do Brasil, Argentina, Colômbia e México nos últimos anos, aliado à descentralização do dinheiro por meio das criptomoedas, cuja circulação cresceu independentemente de governos, impulsionar o mercado de carbono e proteger o meio ambiente através de ativos digitais vem enchendo os olhos das comunidades que orbitam esse universo.
Camila Rioja, Latam Lead da Fundação Celo.
As iniciativas podem transformar o Brasil em uma potência no quesito economia verde. É o que acredita a comunidade da Celo, ecossistema de blockchain de código aberto focado em tornar sistemas e ferramentas financeiras descentralizadas (DeFi), que vislumbrou na tecnologia uma grande oportunidade de transformar ativos digitais em ações que gerem valores relevantes sociais e ambientais.
“A Celo tem essa preocupação nativa, e compactua com o compromisso de ter no mínimo 40% de sua reserva composta por ativos naturais tokenizados. A comunidade da Celo desenvolveu as primeiras e únicas stablecoins verdes de real, euro e dólar, ou seja, é a primeira blockchain que permite que usuários e empresas respeitem o meio ambiente durante as transações que são tão rápidas quanto o mercado tradicional e seguras”, explica Camila Rioja, Latam Lead da Fundação Celo.
Informações
As ferramentas vão endereçar desafios antigos da ONG em termos de logística e infraestrutura de acessibilidade digital na região. Via dashboards e relatórios analíticos, será possível mapear com muito mais profundidade e transparência a efetividade dos investimentos e recursos doados, o impacto social e ambiental, relacionar cada programa aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU de uma maneira mais prática, entre outras facilidades. Isso deve otimizar a consolidação das informações coletadas em campo para fornecer uma visão histórica e única aos gestores e parceiros sobre a situação real de cada programa.
“O apoio que a FAS dá para as mais de 25 mil famílias beneficiadas espalhadas por mais de 900 comunidades, aldeias e bairros gera uma quantidade enorme de dados, que precisam ser consolidados, estruturados, validados e analisados. A adoção de ferramentas inteligentes não apenas elimina uma carga de trabalho considerável, como também dá mais transparência e segurança aos dados coletados”, explica Junior Freitas, vice-presidente de Business Technology Platform da SAP Brasil.
“Com dados de qualidade disponíveis em tempo real, os líderes de projetos poderão identificar melhores práticas, aumentar a eficiência dos programas e habilitar um audacioso plano de aumentar em 50% as ações de sustentabilidade nos próximos dois anos”.
Mobilidade urbana
A Atlas Schindler, líder nacional em transporte vertical, acaba de incorporar carros elétricos à sua frota para uso da equipe técnica que presta atendimento aos clientes.
“A internet das coisas já é uma realidade para parte de nossos clientes que têm seus elevadores monitorados à distância e em tempo real, permitindo intervenções remotas e, consequentemente, maior disponibilidade dos equipamentos com menor deslocamento de pessoas. Mas quando existe a necessidade de uma visita de um de nossos profissionais, os veículos elétricos entrarão em cena para contribuir com a redução da nossa pegada de carbono”, afirma Flavio Silva, presidente América Latina do Grupo Schindler.
Flavio Silva, presidente América Latina do Grupo Schindler. (Foto: Divulgação)
As unidades do Kwid E-Tech, SUV compacto 100% elétrico da Renault, passam a integrar a frota de quase 1000 veículos da companhia a partir de outubro deste ano. Nesta primeira etapa, estão contemplados 10 veículos que circularão pelas cidades de Recife, São Paulo, Salvador, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas, Curitiba e Porto Alegre.
“Para melhorar a qualidade de vida nas cidades sabemos que precisamos integrar a sustentabilidade aos nossos negócios e agregar a preservação do meio ambiente aos nossos produtos e serviços. Esse é o caminho que estamos trilhando com ações em diversas frentes e progressos significativos que atestam o empenho da nossa empresa de ter uma operação alinhada com demandas mundiais em termos ambientais, sociais e de governança corporativa”, complementa o executivo.
Iniciativa
Dez startups foram selecionadas para a nova turma do Google for Startups Accelerator. Pela primeira vez no Brasil, o programa tem uma edição focada em empresas que desenvolvem soluções relacionadas à sustentabilidade e tem um olhar voltado para mudanças climáticas, reciclagem e outras frentes de atuação em desenvolvimento sustentável.
“Com a chegada da nova turma, a nossa missão é acelerar startups que estão mirando em um desafio que, apesar de antigo, segue sendo cada vez mais urgente no nosso dia a dia: a sustentabilidade. Precisamos de soluções que nos ajudem a prever, alertar ou resolver problemas latentes como as mudanças climáticas”, diz André Barrence, diretor do Google for Startups na América Latina.