Felipe Sapata, CEO da Oral Sin: Até o fim de 2022, queremos chegar a marca de R$1 bilhão de faturamento
Franquias refletem o interesse cada vez maior do consumidor por serviços ligados aos cuidados com corpo.
Thais Ramos, coordenadora do Comitê de Saúde e Beleza da ABF. (Foto: Divulgação)
Ao se deparar com um cenário de reflexos da pandemia de Covid-19, o mercado de franquias expandiu o e-commerce, digitalizou processos e até produtos e serviços, criou promoções, intensificou o suporte ao franqueado e manteve o relacionamento com os consumidores por meio de canais digitais. Deste modo, o setor vem passando por uma trajetória de recuperação e otimismo. O segmento de Saúde, Beleza e Bem-Estar faz parte dessa inovação, tendo sido o setor que mais cresceu no período de janeiro a junho deste ano, com um incremento maior que a média nacional chegando a 16,9% somando mais de R$ 21,2 bilhões, segundo balanço da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
“As franquias de saúde e beleza demonstraram resiliência e agilidade. O conhecido ‘efeito batom’ demorou um pouco mais a aparecer, mas se fez presente. De qualquer forma, apenas ele não explica o desempenho dessas franquias. Sim, o consumo de substituição e de gratificação foram importantes, mas as franquias deste segmento também fizeram sua parte. Se digitalizaram, criaram produtos e pacotes e, acima de tudo, mantiveram o relacionamento com franqueados e os consumidores. É importante destacar também o crescimento de serviços essenciais por meio do franchising, como odontologia, oftalmologia, clínica geral e cuidados com idosos que tiveram mais uma vez seu valor e potenciais reconhecidos mesmo com o mercado passando por tantas transformações”, afirma Thais Ramos, coordenadora do Comitê de Saúde e Beleza da ABF.
Só sorrisos
Em sintonia com esse desempenho, a Oral Sin, rede de franquias de implantes dentários, apresentou no 1º semestre deste ano crescimento de 46%, faturando R$ 456 milhões. Com mais demanda, a rede expandiu e chegou a 481 unidades. Até o fim de 2022 a rede pretende chegar a 730 unidades, com o crescimento orgânico em de 50% em faturamento, superando pela primeira vez a marca de R$1 bilhão de faturamento. Para isso, a rede Oral Sin planeja investir mais de R$ 150 milhões.
“O primeiro semestre foi muito bom para toda a rede. Nossos franqueados estão bem animados e otimistas. Esperamos que até o fim do ano, os números se tornem ainda mais positivos e que, até o fim de 2022, queremos chegar a marca de R$1 bilhão de faturamento”, afirma o dentista e CEO da Oral Sin, Felipe Sapata.
Um dos principais atrativos da rede é o fato de apresentar o maior faturamento médio entre as franquias do segmento odontológico, na casa dos R$ 250 mil, sendo o ticket médio de R$ 5 mil a R$ 6 mil. Outro número que reflete o sucesso do negócio é o fato de que mais de 70% dos franqueados serem donos de várias unidades.
CEO da Oral Sin, Felipe Sapata. (Foto: Divulgação)
A empresa disponibiliza quatro modelos de franquias com investimento inicial a partir de R$ 452 mil, com um faturamento que pode chegar a mais de R$ 4 milhões anuais, dependendo do modelo. O prazo previsto de retorno é de 18 meses. “O atendimento humanizado e a forma acolhedora com que recebemos nossos pacientes são nossas marcas registradas. Somadas a isso está a flexibilidade do pagamento, o que faz com que nossos serviços sejam acessíveis e, o mais importante, democráticos. Temos plena ciência de que um sorriso não é capaz de devolver somente a autoestima, como também a saúde. Este é nosso foco: queremos ver pessoas felizes e saudáveis”, afirma Felipe.
Novo passo
Com 77 lojas distribuídas em 12 estados, a Doctor Feet está buscando oportunidades fora dos shoppings, onde estão concentradas 90% das unidades, como pontos em hipermercados e lojas de rua. A meta é abrir mais 30 unidades até 2023, sendo 10 só esse ano. A franqueadora tem testado formatos mais compactos, com cabines de atendimento, voltadas para a prestação de serviços em outros espaços como hipermercados.
Dentre os diferenciais do modelo de negócios da marca, estão os processos bem definidos e investimento contínuo em novos serviços, produtos de marca própria e soluções que atendam tanto os franqueados como os clientes. A empresa revitalizou as lojas com layouts mais modernos e com um mix de produtos que também passou a ter uma identidade visual diferenciada por categoria. Assim, franqueada tem conseguido aumentar o faturamento da rede. A meta para este ano é crescer de 15% para 30% com venda de produtos de marca própria.
A evolução do mercado de saúde e beleza vem sido observada pela companhia, que mantém investimentos em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, além de tratamentos voltados para os cuidados dos pés e das mãos. “Nossa metodologia está apoiada em tratamento preventivos com produtos dermocosméticos testados em laboratórios certificados, livres de qualquer componente de origem animal e que ofereçam maior eficácia e conforto para nossos clientes”, explica Jonas Bechelli, presidente da Doctor Feet.
A empresa tem parceria com laboratório especializado em fragrâncias, que atende marcas como a Payot, para desenvolver sua linha exclusiva de produtos. “Acompanhamos de perto as novas tecnologias em produtos dermocosméticos, e queremos levar experiência para nossos clientes”.
André Friedheim, presidente da ABF. (Foto: Divulgação)
Semento de saúde se destaca
De acordo com a pesquisa da ABF, no segundo trimestre do ano todos os 11 segmentos do setor apresentaram elevação. A maior variação positiva no faturamento foi constatada em Hotelaria e Turismo, com 25,4% de alta. Como demonstrado no primeiro trimestre, o segmento manteve o ritmo de recuperação graças, principalmente, ao arrefecimento da pandemia e à retomada das viagens e eventos. Alimentação – Foodservice vem em seguida, com receita 22,3% maior frente a igual período do ano passado, beneficiando-se também do maior fluxo de consumidores em ambientes físicos. Saúde, Beleza e Bem-Estar registrou o terceiro melhor desempenho, favorecido também pela alta demanda por serviços e a volta dos eventos sociais. No período, as franquias de Saúde, Beleza e Bem-estar cresceram 20,1% em faturamento e 7,6% em número de unidades.
Para André Friedheim, presidente da ABF, “esses dados positivos reforçam a resiliência e a maturidade do setor de franquias brasileiro, que mesmo ainda enfrentando os impactos da pandemia e novos desafios, segue resistindo e, com muito esforço, avança em sua recuperação. O forte retorno presencial apoiado pela vacinação e a demanda reprimida foram alavancas importantes, mas o franchising está fazendo sua parte para que o crescimento seja sustentável e consistente”.
Fundadora da Royal Face, a cirurgiã dentista Andrezza Fusaro. (Foto: Divulgação)
C-level em destaque
Fundadora da Royal Face, a cirurgiã dentista Andrezza Fusaro agora integra a Comissão de Saúde, Beleza e Bem-Estar da Associação Brasileira de Franchising (ABF). A idealizadora da rede de franquia especializada no segmento de tratamentos estéticos em harmonização facial e corporal, criada em meados de 2018, comemorou a admissão no órgão. “É uma grande responsabilidade contribuir para o Brasil! Orgulho em fazer parte,” diz a cirurgiã.
Segundo a ABF, o objetivo da comissão está em aprofundar debates, desenvolver melhor os temas e as necessidades de interesse do mercado. Por meio de reuniões periódicas, os grupos se reúnem e desenvolvem projetos, eventos e planos futuros.
A primeira clínica Royal Face foi fundada em 2015, pelo casal Andrezza e Jeferson Fusaro. A cirurgiã dentista é uma apaixonada pelo mercado de beleza e se especializou em aplicação de botox, preenchedores faciais e fios de sustentação, em uma época que a harmonização facial e todos os procedimentos envolvidos eram uma inovação, se tornando rapidamente a primeira expert no mercado.