Artigo: Como a reinvenção pode gerar (ainda mais) inovação

Pudemos observar, portanto, uma sinergia de reestruturações, tanto do modelo de negócio da 99, como o comportamento da população, em especial a Classe C, ao adotar ainda mais o uso de apps de transporte.

Lívia Pozzi, Diretora de Operações da 99Lívia Pozzi, Diretora de Operações da 99. (Foto: Divulgação)

Com as necessárias restrições de mobilidade impostas pela pandemia, vimos parte do nosso negócio ser seriamente prejudicada, com uma queda de solicitações de corrida que, em abril de 2020, chegou a 60%. Com esse cenário de súbitas mudanças e muitas incertezas, não tivemos outro caminho a não ser nos reinventarmos.

Como seguir como uma empresa pioneira de mobilidade em um momento que a recomendação de organizações mundiais indicava justamente o caminho oposto? Foi necessário, portanto, ampliar nossa forma de atuação e nos consolidarmos de vez como uma empresa de tecnologia. Com um investimento de R$150 milhões em 2020, a 99 consolidou-se em três negócios - mobilidade, intermediação de entregas e carteira digital - buscando ser parceiros da população brasileira e ajudando, efetivamente, as pessoas a ter opções mais acessíveis, sobretudo nas duas frentes que mais causam impacto na renda dos brasileiros: transporte e alimentação. A tecnologia, portanto, torna-se uma aliada da população.

Observando de forma mais detalhada o impacto direto da pandemia na renda da população brasileira, especialmente a Classe C, o instituto Datafolha reportou que 63% dessa parcela da população sentiu que a renda diminuiu em razão da crise econômica. Na contramão dessa perda, porém, 25% dos brasileiros começaram a utilizar o app de transporte durante a pandemia na busca de evitar possíveis aglomerações em transportes públicos, já que representam aqueles que não puderam trabalhar de casa. Por fim, em 2020, 37% dos entrevistados informaram que aumentaram a frequência de uso de carro via app - a taxa também é mais expressiva entre os integrantes da Classe C (42%), mostrando que a tendência de aumento se transformou em um novo hábito.

Da mesma forma, o isolamento social também transformou o hábito de entrega. Inicialmente uma necessidade, e a pesquisa Datafolha também indica que o hábito deve permanecer: 64% dos entrevistados passaram a recorrer a apps de delivery mais vezes e, desses, 62% querem manter o uso quando a situação se normalizar.

Pudemos observar, portanto, uma sinergia de reestruturações, tanto do modelo de negócio da 99, como o comportamento da população, em especial a Classe C, ao adotar ainda mais o uso de apps de transporte. Os resultados foram expressivos e animadores:

A mudança teve seu reflexo na economia brasileira. Em 2020, apesar da pandemia, a 99 injetou R$15 bilhões no PIB. O valor é o equivalente a 0,21% do PIB, representando um crescimento de 16,7% no impacto dos nossos serviços na economia brasileira. Em termos de comparação, 2019 foi registrado um impacto equivalente a 0,18%, o que confirma um crescimento, tanto absoluto quanto relativo, da demanda e, consequentemente, do efeito da 99 na economia nacional. Como consequência, mais de 331 mil empregos foram gerados indiretamente em 2020 devido a movimentação econômica provocada pelos serviços intermediados pela 99. Os dados foram levantados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em parceria conosco pelo segundo ano consecutivo.

A transformação digital e a revisitação dos nossos negócios veio para ficar. Nós inovamos para oferecer mais acessibilidade e segurança para nossos usuários e parceiros durante o período mais desafiador do século. E agora continuaremos juntos para que todos os serviços da 99 proporcionem aos brasileiros mais oportunidades de trabalho, viagens mais seguras, pratos para todos os bolsos e a melhor carteira digital.