A capital mundial do luxo
Em Paris, a experiência sofisticada passa pela História, pelos hotéis icônicos, a moda, a arte, a gastronomia, a arquitetura. E a capital francesa se veste para transformar as Olimpíadas em mais uma de suas criações luxuosas.
O hotel Le Meurice é um dos endereços mais luxuosos de Paris.
Boa parte do planeta se programou para acompanhar, em 26 de julho, a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. A celebração vai ser, nas palavras do presidente francês, Emmanuel Macron, “um momento único de beleza e de arte, que terá como palco o rio Sena e a capital da França.” Como boa anfitriã, a Cidade-Luz quer estar linda, organizada e revitalizada para receber os visitantes no início do verão. Hotéis, restaurantes, parques, praças, museus, casas de shows, lojas e cafés são preparados para os últimos detalhes para a festa começar. Ou melhor, prosseguir. Afinal, como atestou Ernest Hemingway nos anos 60, Paris já é uma festa.
A escritora Laurence Picot, autora do livro “Os Segredos do Luxo” (editora EPA) e do documentário “Invenção do luxo à francesa”, resumiu tudo em uma frase: “Paris foi construída sobre o luxo”.
A experiência sofisticada na capital francesa passa pela História, pela moda, pelos hotéis e restaurantes icônicos. Agora, a Cidade-Luz se veste para transformar as Olimpíadas em mais uma de suas criações luxuosas.
O Grand Palais — que está em obras e só devem ser concluídas em 2025 — estará parcialmente aberto durante os Jogos Olímpicos para competições de esgrima e taekwondo. E a partir de setembro, o museu passa a abrigar eventos culturais e de moda, entre desfiles, exposições e feiras. No Louvre, de abril a setembro, a exposição “Olimpismo, uma invenção moderna, uma herança antiga” aborda o esporte nas artes. No Palais Galliera, o museu da moda, a mostra Moda em Movimento une o fashion ao esporte, de julho a setembro.
O museu Pierre Cardin, dedicado às criações do estilista, que morreu há três anos, deve abrir no primeiro semestre. La Parcelle é um jardim cultural que deve ser inaugurado ainda no primeiro semestre de 2024. O jardim, de quatro mil metros quadrados em Aubervielliers, nos arredores de Paris, abrigará atividades culturais, com apoio de uma galeria lançada pela Chanel, a 19M, que valoriza artesãos da moda.
Um dos requintes oferecidos pelos hotéis-palácio é a vista para a cidade.
Os majestosos hotéis-palácio parisienses, classificação que só existe na capital francesa desde 2010 (antes disso, hotéis como o Crillon ou Plaza Athénée eram chamados de Palace), têm passado por reformas e acertos para tornar a experiência ainda mais exclusiva. O selo concedido pelo ministério do Turismo da França tem regras precisas para a denominação. O governo diz que essa distinção tem o objetivo de permitir o “reconhecimento de hotéis com características excepcionais”.
Hoje, Paris reúne 12 dos 31 hotéis na França classificados como “Palácios”. Entre eles estão ainda o George V, o Lutetia, Le Bristol, Le Meurice, Peninsula e La Reserve. O Ritz de Paris, embora seja um dos mais prestigiosos hotéis do mundo, não desejou obter a distinção de Palácio
quando reabriu em 2016, após quatro anos de obras.
Igualmente em clima de preparativos, algumas marcas luxuosas oferecem experiências únicas, como a Dior, que disponibilizou um apartamento instalado no prédio onde ficam a loja e o ateliê da marca. É verdade que sempre teremos Paris, mas nada como as Olimpíadas para jogar mais holofotes na Cidade-Luz.