Atemporal, o instinto selvagem do animal print continua em alta
Da antiguidade aos dias de hoje, a estampa animal print é sinônimo de moda e poder.
Dolce Gabbana.
Pode ser de zebra, leopardo, onça, tigre, cobra, colorida ou em preto e branco. A animal print tem atravessado o tempo sem perder a majestade e mantendo-se como símbolo de poder e sedução. O fascínio pela estampa é muito antigo, vem da pré- história, quando caçadores usavam peles de animais para se proteger do frio. Essas peles, além de funcionais, eram vistas como troféus de caça e símbolos de bravura. No Egito Antigo, o uso de peles exóticas ganhou conotações de luxo e prestígio. Esse status se man-teve nas cortes de reinos de diversas civilizações.
O ponto de virada para a estampa na moda ocidental moderna veio com a popularização dos safaris africanos no final do século XIX e início do século XX. A aristocracia europeia, fascinada pela vida selvagem da África, adotou essa tendência. Ela reúne a beleza e o carisma da natureza e nunca sai de moda. São os gráficos da natureza, diz Manu Carvalho, stylist e consultora de moda. No entanto, foi Christian Dior, nos anos 1940, quem tornou a animal print um clássico atemporal. A partir de então, grandes maisons incorporaram a estampa em suas coleções.
Christian Dior.
Na década de 1980, com a ascensão da moda maximalista, a animal print solidifi- cou-se como uma escolha audaciosa e cheia de atitude. Ela pode ser encontrada em uma variedade de peças, desde vestidos de gala até acesssórios e calçados, permitindo infinitas combinações. Além disso, a estampa evoluiu ao longo dos anos, recebendo novas interpretações e cores, sem perder sua essência. Designers contemporâneos, como Tom Ford e Dolce & Gabbana, perpetuam o legado da estampa, enquanto novas gera- ções a reinventam, mantendo-a relevante e desejável.