Com status de novo unicórnio brasileiro, C6 Bank ganha fôlego para focar na expansão
Com presença em 99,7% dos municípios brasileiros, o novo unicórnio nacional, teve o maior crescimento na base de clientes entre os bancos digitais do país, segundo levantamento do UBS Evidence Lab.
Marcos Massukado: C6 Bank quer manter o ritmo de crescimento neste ano. (Foto: Divulgação)
O banco digital C6 Bank entrou para o hall das fintechs bilionárias após receber um aporte de R$ 1,3 bilhão, em rodada de investimento que contou com mais de 40 investidores privados, por meio da atuação do Credit Suisse, agente financeiro da operação, passando assim a ser avaliada em mais de R$ 11 bilhões, no final de 2020.
“O C6 Bank ultrapassou a marca de 5 milhões de clientes e quer manter o ritmo de crescimento neste ano, além de ampliar a oferta de produtos e alavancar a carteira de crédito. Uma das estratégias é justamente reforçar a atuação entre pequenas e médias empresas, com uma gama de serviços para esse público. Vamos continuar ampliando a base de clientes, completar a oferta de investimento e crescer em concessão de crédito”, aponta Marcos Massukado, sócio do C6 Bank.
Com presença em 99,7% dos municípios brasileiros, o novo unicórnio nacional, teve o maior crescimento na base de clientes entre os bancos digitais do país, segundo levantamento do UBS Evidence Lab publicado em outubro do ano passado e chegou em 2021 com o objetivo de expandir os produtos para pessoa jurídica.
Desde o início de sua operação, o C6 Bank já atendia MEIs com conta gratuita e com uma série de outros benefícios, e neste ano reforça sua atuação entre pequenas e médias empresas, um segmento que ainda está sujeito à oferta de crédito escassa, altas taxas e burocracia.
“Esse é um segmento primordial para nós, a força motriz da economia brasileira. Para esse público, nossa estratégia se apoia em duas frentes. A primeira é a oferta: um banco completo, com a conta corrente, a maquininha e o crédito mais competitivos possível. A segunda frente é a distribuição, por meio de um modelo que mescla o digital com o físico”, explica Massukado.
Mercado em ebulição
De acordo com o estudo realizado pelo Distrito Dataminer, o Brasil conta com 12 unicórnios, que juntos levantaram US$ 4,8 bilhões com investidores de *venture capital*, sendo eles: 99 Táxi, Creditas, Ebanx, Gympass, iFood, Loft, Loggi, NuBank, MadeiraMadeira, Quinto Andar, VTex e WildLife, além é claro da C6, deputando na lista. Para engordar o seleto grupo, 2021 aponta mais 17 startups que estão próximas de atingir o status de unicórnio e nesse hall estão: ContaAzul, Dr. Consulta, Neon, Minuto Seguros, Petlove, CargoX, Contabilizei, Pipefy, Olist, Solinftec, Superlógica, Tembici, Fazenda Futuro, Zenvia, Buser, Take Blip e Cortex.
Para o sócio da C6 Bank, em um setor cada vez mais competitivo, a diferenciação se dará na oferta de limites atraentes de crédito com baixo custo e conveniência e possibilidade abrir conta diretamente pelo aplicativo.
“Até o ano passado, esse processo era intermediado por um consultor empresarial. Ao abrir uma conta Pessoa Jurídica (PJ) no C6 Bank a empresa pode contratar até a maquininha C6 Pay dentro do próprio aplicativo. Para quem fatura mais de R$ 3,5 mil por mês e recebe na conta do banco, a maquininha sai de graça. O cliente PJ também tem Cartão Business sem anuidade, 100 TEDs gratuitas por mês, pagamento de boletos ilimitados, saques e PIX grátis, além de uma linha de crédito para cobrir despesas inesperadas”, sublinha Massukado.
“Esse é um público mal atendido pelo mercado. Podemos fazer a diferença no dia a dia desses empreendedores com uma oferta de baixo custo, um atendimento próximo e com produtos que atendam as suas principais demandas”, completa.
Expandindo a atuação, a holding que possui o C6 também detém a PayGo, uma empresa de tecnologia de pagamento, a Som.us, companhia de consultoria de seguros, a iniciativa de desenvolvimento de aplicativos de pagamento Setis e a IDEA9, voltada para tecnologia de educação.
O novo unicórnio teve o maior crescimento na base de clientes entre os bancos digitais do país. (Foto: Divulgação)
Cenário favorável
Segundo pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2020, o mobile banking avançou de forma expressiva em todas as transações pesquisadas: depósito virtual (alta de 327%), contratação de seguros (133%), contratação de investimento (114%); abertura de contas (66%) e tomada de crédito (47%). Os acessos ao sistema bancário a partir de smartphones responderam por 67% de todas as operações no pico do período de distanciamento social.
“Com a pandemia, o processo de digitalização se acelerou, levando pessoas que não pensavam em ter uma conta digital a fazer a sua. A procura por opções mais baratas e vantajosas financeiramente também impulsionou esse movimento. De acordo com uma pesquisa Ibope encomendada pelo C6 Bank, 42% dos brasileiros com mais de 55 anos aumentaram o uso de produtos financeiros digitais e acreditamos que esse público não voltará ao modelo antigo”, afirma Marcos Massukado.
O banco digital foca também em uma nova tendência no mercado brasileiro, o chamado “rebundling”.
“É altamente improvável que os clientes do banco queiram ter cinco apps para gerenciar suas vidas financeiras (um para investimentos, outro para cartão de crédito, um terceiro para checar as contas e por aí vai). Vemos uma tendência de agrupamento de todos os serviços financeiros sob um único marketplace, um app que traga a maior quantidade de funcionalidades possível. É por isso que, desde o começo, optamos por ser um banco múltiplo”, explica o sócio do C6 Bank
Para o futuro da companhia no curto prazo, ele destaca:
“Acreditamos que o mercado vai caminhar nessa direção, simplificando e facilitando a vida do consumidor, com uma plataforma intuitiva e com todos os serviços agrupados em um mesmo alicativo. Hoje, por exemplo, já podemos ver isso quando o correntista consegue comprar ações sem ter de migrar para o app de uma corretora. Gerencia todos os seus gastos do cartão de crédito e ainda pode usar seus pontos para adquirir produtos na C6 Store. E isso é só começo”.