Giovanni Cerri, ICOS: 'A transformação digital precisa ser aliada da promoção da saúde'

Giovanni Cerri, médico radiologista e presidente do Conselho de Administração do Instituto Coalizão Saúde - ICOS e ex-secretário de Saúde do Estado de São Paulo. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)

O papel das políticas públicas de vacinação e prevenção e a importância da colaboração público-privada em prol da promoção da saúde da população foram as principais pautas do debate do Seminário LIDE | Saúde, realizado na manhã desta quinta-feira (7), na CASA LIDE, em São Paulo. Com curadoria e moderação do head do LIDE Saúde, médico e presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, Claudio Lottenberg, o evento reuniu especialistas, autoridades e empresários.

Claudio Lottenberg, head do LIDE Saúde. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)

Médico infectologista do Hospital Albert Einstein, Thiago Sampaio Carvalho destacou a vacinação como uma das principais medidas de prevenção da saúde pública. "Acreditamos que as vacinas salvam mais de 4 milhões de pessoas por ano, sendo que crianças são mais da metade desse número. É um instrumento que previne mais de 25 doenças. E mesmo com todos esses dados disponíveis, vivemos um momento delicado de muita desinformação".

Thiago Sampaio Carvalho, médico infectologista do Hospital Albert Einstein. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)

Para o médico radiologista e presidente do Conselho de Administração do Instituto Coalizão Saúde - ICOS e ex-secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Giovanni Cerri, a tecnologia pode ser uma grande aliada das iniciativas de prevenção em saúde.

"Hoje, temos recursos digitais que ajuda a aumentar a adesão da vacinação. O agendamento online, por exemplo, evita filas e estimula as pessoas a chegarem em horários previamente agendados. Os registros digitais de vacinação permitem atualização em tempo real e têm mecanismos de lembrete e recall. A transformação digital precisa ser aliada dos programas de vacinação e da promoção da saúde, assim teremos uma população mais saudável e produtiva". Cerri destacou, ainda, a importância dos investimentos na promoção de saúde. "Temos recursos humanos e tecnológicos para desenvolver vacinas no Brasil".

A prevenção e o cuidado com bactérias resistentes a antibióticos foi a temática central da exposição de David Uip, médico infectologista, reitor do Centro Universitário FMABC e diretor nacional de Infectologia da Rede D'Or. "Se nada for feito, até 2050 mais de 39 milhões de humanos morrerão em razão das superbactérias. Por isso é essencial que o Brasil tenha sua própria indústria de medicamentos e vacinas, para que não sejamos reféns do restante do mundo".

David Uip, médico infectologista, reitor do Centro Universitário FMABC e diretor nacional de Infectologia da Rede D'Or. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)

Para viabilizar a força dessa indústria nacional, Luiz Vicente Rizzo, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, destacou a importância das iniciativas público-privadas. "Não é possível criar uma estratégia de imunobiológicos apenas com iniciativa privada ou apenas com iniciativa publica. Lidamos com problemas de diálogo, que são sempre carregados de interesses. Precisamos desarmar essa conversa e entender que, sozinhas, nem a iniciativa pública e nem a iniciativa privada vão resolver esses problemas. E quem será mais beneficiado com isso é a população".

Glaucia Vespa, diretora médica de Vacinas Latam do Grupo Adium. (Foto: Evandro Macedo/LIDE)

Diretora médica de Vacinas Latam do Grupo Adium, Glaucia Vespa enalteceu as políticas de vacinas enquanto patrimônio nacional. "O programa nacional de vacinação é um dos principais motivos para nos orgulharmos de sermos brasileiros", finalizou.

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