Garro intensifica fortalecimento no joelho, mas evita prever retorno ao Corinthians

Ausente dos gramados desde a conquista do título do Campeonato Paulista pelo Corinthians, em 27 de março, o meia Rodrigo Garro afirmou que ainda não tem previsão de voltar a jogar, mas que tem feito trabalhos diários de fortalecimento para antecipar o retorno à equipe alvinegra. O jogador argentino sofre com uma tendinopatia patelar do joelho direito desde o ano passado e, recentemente, viajou à Espanha para se tratar com um especialista indicado pelo colega Memphis Depay.

"Não tenho a data ainda, mas trabalho de manhã e à tarde, faço de tudo para voltar. Viajei para me encontrar um especialista em tendão (do joelho). Estou melhor, mas (a recuperação de) joelho é lenta", explicou Garro, na terça-feira, em entrevista ao podcast PodPah. Sei que, no Brasil, você fica fora uma semana e perde três jogos. Não gosto de ficar sem jogar, mas preciso melhorar a força da perna. Estou fazendo fortalecimento para voltar o quanto antes."

O Corinthians tem sentido a falta de um de seus principais destaques. Neste período sem contar com Garro, o time do técnico Ramón Díaz venceu apenas uma vez, o Vasco, em cinco partidas pelo Campeonato Brasileiro e pela Copa sul-americana. A equipe alvinegra ainda empatou com Bahia e América de Cali e perdeu para Palmeiras e Huracán.

Garro também relembrou a final do Campeonato Paulista, quando jogou no sacrifício por causa das dores intensas no joelho, mas disse não se arrepender. "Como ia ficar fora de uma final contra o Palmeiras? Imagina depois de dez dias eu dizer que não joguei porque tinha dores no joelho", comentou. "Fiz uma loucura, mas deu certo. Sabia que não estava nas melhores condições, mas era uma final. Fiz coisas (injeções) para não sentir. Agora estou me sentindo muito melhor, meu joelho avançou muito e estou com muita vontade de jogar", disse.

O camisa 8 corintiano também criticou o gramado sintético, como o do Allianz Parque, palco do primeiro jogo da decisão. "Para mim, atrapalha. No sintético é um jogo mais dinâmico, a bola corre bem, mas para o corpo e para o jogador é ruim porque o campo é muito duro. A gente sofre muito, não sei como tem atleta que consegue jogar o tempo todo (no sintético)", analisou.

Rodrigo Garro ainda voltou a demonstrar chateação com o episódio das mudanças de camisas, quando precisou ceder o número 10 para Memphis Depay, mas disse ter compreendido a situação e que se conformou em vestir a 8 de Sócrates.

"Sempre tentei entender, fiquei p..., triste, mas se era importante para o clube era importante para mim. Não gostei da situação, mas sempre procuro a energia positiva", relembrou. "Tinha a opção de escolher, pesquisei a história do Sócrates dentro e fora do clube e decidi pegar a 8. O número para o jogador importa muito, mas são coisas que acontecem. Minha relação com o Memphis é muito boa e ele é muito importante para nós."