Flávio Santos: ‘Um dos ativos da influência é a humanização da criatividade’
Marcos Quintela e Flávio Santos analisaram o novo momento do mercado de influência no Brasil em episódio do LIDE LINK.
Marcos Quintela e Flávio Santos analisaram o novo momento do mercado de influência no Brasil em episódio do LIDE LINK.
Para ser um influenciador digital é preciso ter mais do que um smartphone em mãos e uma conta nas redes sociais. Também vai muito além de números de seguidores que impressionam. Hoje, o mercado de influência é guiado por dados, métricas, informações detalhadas sobre comportamento nas redes sociais e, claro, muita criatividade.
Em episódio do LIDE LINK que discute o crescimento desse segmento no Brasil, Flávio Santos, CEO da Mfield, destaca a importância da profissionalização no mercado de influência. “Os influenciadores estão vendo que não é brincadeira ou puro entretenimento. É hora de entender que há responsabilidade na produção de conteúdo e ao influenciar outras pessoas. Além disso, o valor desses influenciadores gera resultados para as marcas”.
Flávio Santos, CEO da Mfield.
Parte desse valor profissional do influencer está diretamente ligada à preocupação com a linguagem e o propósito. Cada vez mais fatores como público-alvo, alcance efetivo com determinado nicho e engajamento são levados em conta.
“Não estamos mais na era do ‘quantos são?’ e, sim, do ‘quem são?’. É fundamental entender quem são as pessoas que seguem este ou aquele influenciador”, explica Marcos Quintela, diretor do Grupo VML.
Saber sobre sua audiência impacta diretamente nas publicações, podendo variar o tipo de conteúdo e até mesmo o horário em que ele deve ser publicado. “Estamos na ‘idade mídia’, todo mundo é mídia. Mas ao mesmo tempo em que isso acontece, o público não pode ser tratado como uma ‘média’, eles querem ser vistos como indivíduos”, completa Quintela.
A criatividade é um dos principais desafios enfrentados por esses profissionais, que precisam criar conteúdos diários para manter sempre ativa sua base de seguidores.
“Um dos ativos da influência é a humanização da criatividade. O número de seguidores é importante, mas o que tem maior peso, hoje, é o poder criativo. Por isso as agências e as marcas estão selecionando criadores de conteúdo, não somente influenciadores”, destaca Santos.
Passado, presente e futuro
Com o surgimento de novas plataformas digitais e a mudança na forma de consumo de conteúdo pela audiência, o futuro de meios tradicionais de comunicação entra em xeque. Para Quintela, é possível que o tradicional e o novo coexistam em perfeita harmonia. “Cada um deles tem um público, uma hora mais adequada. Nada vai deixar de existir, novos canais vão aparecer e os antigos vão se readequar”.
Marcos Quintela, diretor do Grupo VML.
Hoje, quem está em alta e deve crescer ainda mais é o TikTok, segundo o CEO da Mfield. A plataforma, que caiu na graça do público como a “rede social das dancinhas”, vem se tornando forte concorrente do Google nas pesquisas diárias. “O Instagram ainda é a rede mais usada, mas o TikTok tem crescido exponencialmente e tem potencial de se tornar a principal rede social do Brasil”, destaca Flávio Santos.
Para o futuro, paira no ar o otimismo em relação ao uso da Inteligência Artificial. “A IA não vai tirar o trabalho dos influenciadores, ela só tende a somar com o marketing de influência”, finaliza Santos.