Crimes cibernéticos causaram perda de quase 7 bilhões de dólares nos EUA em 2021
A divisão do FBI que investiga as denúncias desses tipos de crimes, o Internet Crime Complaint Center, registrou, em média, mais de 550 mil ataques por ano, número que representa mais de 2.300 novas denúncias chegaram ao departamento por dia.
Número de casos disparou após o início da pandemia e as medidas de distanciamento social (Foto: Pixabay)
Publicado na semana passada, o relatório anual do FBI (uma espécie de Polícia Federal dos Estados Unidos) sobre crimes cibernéticos reúne dados coletados em mais de 800 mil denúncias de ataques realizados no país por meio da internet em 2021. De acordo com o levantamento, criminosos roubaram, no total, cerca de 7 bilhões de dólares das vítimas dos golpes digitais.
Além dos dados mais recentes do ano de 2021, o relatório traça a evolução do número de casos ao longo dos últimos cinco anos. Durante esse período, a divisão do FBI responsável por receber e investigar as denúncias de crimes cibernéticos, o Internet Crime Complaint Center (IC3), registrou, em média, mais de 550 mil ataques por ano. Diariamente, mais de 2.300 novas denúncias chegaram ao departamento.
Os anos de 2020 e 2021, em especial, foram um período de aumento drástico do número de crimes cibernéticos. Com a necessidade imposta pela pandemia de realizar diversas atividades cotidianas de modo remoto, inclusive trabalhar e gerenciar negócios, tanto as pessoas como as empresas ficaram mais vulneráveis a ameaças digitais. Esse cenário resultou, em 2021, no registro de cerca de 70% mais casos do que em 2019.
A Flourish chart
Em 2021, a principal forma de golpe envolveu o chamado phishing, o envio de mensagens que se passam por comunicados reais, mas que induzem as vítimas a clicar em links maliciosos. Além do phishing, esquemas envolvendo o não pagamento ou a não entrega de produtos e serviços vendidos pela internet, o vazamento de dados pessoais, o roubo de identidade e a extorsão completam o quadro dos cinco tipos de ações criminosas mais comumente cometidas por meios digitais.
O relatório também considerou o perfil das vítimas de acordo com a faixa etária. Embora a diferença no número de casos envolvendo as faixas acima dos 30 anos não seja tão destacada, é possível observar que as vítimas de golpes com mais idade perderam quantias significativamente maiores de dinheiro.