Brasil teve pico de fusões e aquisições em 2021, aponta relatório

Advogado especialista na área societária de M&A, ressalta que, apesar do cenário desafiador trazido pela pandemia, esse também tem sido um período para alinhar às oportunidade para fortalecer os negócios.

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Guilherme Bastos, sócio do escritório Lemos Advocacia para Negócios. (Foto: Divulgação) 

 

A atividade de fusões e aquisições (M&A) no Brasil atingiu pico recorde em 2021, após 10 anos, de acordo com relatório divulgado pela consultoria Bain.

Segundo a publicação, o País teve uma ‘atividade forte’ de M&A no ano anterior, em linha com uma ‘tendência mundial’, movimentando US$ 66 bilhões – maior valor em uma década. Embora seja um volume financeiro menor que o registro de 2010, o relatório da Bain lembra que aquele ano fora marcado pela concessão do pré-sal à Petrobras e consolidações no setor de telecomunicações, que empurraram o cenário de M&A para frente.

Para o sócio do escritório Lemos Advocacia para Negócios, Guilherme Bastos, “a grande desvalorização do Real frente às moedas consideradas fortes tornou o Brasil um celeiro de oportunidades a preços muito convidativos”.

Para o advogado especialista na área societária de M&A, adicionalmente, a pandemia tornou o cenário nacional muito desafiador, resultando, também, em oportunidades de aquisições de negócios que passaram a enfrentar crises que até então não tinham ou, ainda, oportunidades de investimento em mercados que passaram a necessitar de capitalização para transpor as dificuldades geradas no período.

Setores aquecidos para M&A

Logística, farmacêutico e tecnologia são setores que, na percepção do advogado Guilherme Bastos, aproveitaram oportunidades durante o ano de 2021. “Alguns setores específicos, diante da até então desconhecida necessidade de adaptação por conta do cenário trazido pela pandemia, tornaram-se extremamente rentáveis e atrativos, gerando assim empresas com bastante apetite de crescimento e capilaridade em seus mercados, bem como alvos de diversos tipos de investimentos que passaram a considerar estes mercados como foco de seus portfólios”, explica.